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Uma Estrela na Noite

Aconteceu pela manhã sobre o céu do cabo Kennedy, Flórida. O gigantesco foguete Apolo 12 saiu da plataforma de lançamento e subiu para o espaço, em direção da lua. Tudo estava perfeito durante os primeiros 32 segundos. Aí

aconteceu. Um raio atingiu a espaçonave. Atingida por um raio, começou um pesadelo para a tripulação da Apolo 12. O alarme principal imediatamente soou. Luzes de alerta piscavam no painel de instrumentos enquanto os astronautas tentavam solucionar a emergência. Um deles, Dick Gordon, disse mais tarde:

    – Em todo o nosso treinamento jamais vimos tantas luzes de alarme se acenderem de uma só vez. Se alguma coisa assim tivesse ocorrido durante os treinamentos, nós teríamos dito: "O que estão tentando fazer? Isto é impossível."

    Impossível... Mas estava acontecendo à tripulação da Apolo 12. O que deveriam fazer? Bem, a melhor coisa no momento era não fazer nada. Eles já estavam no ar indo na direção da lua. Ao atingir a órbita sobre a Terra eles poderiam tentar resolver o problema. E sua tentativa teria que ser bem sucedida pois se não conseguissem consertar o sistema guia de inércia eles ficariam perdidos para sempre no espaço.

    A responsabilidade da vida e da morte caiu sobre os ombros do astronauta Gordon. Ele entrou rastejando no setor de equipamentos e tentou avistar algumas estrelas a fim de realinhar a plataforma guia. Mas ao olhar através do telescópio, não havia estrela em parte alguma. Parecia que as estrelas tinham  desaparecido, como se alguém as tivesse desligado. Finalmente, quando os olhos de Gordon se acostumaram com a escuridão, ele conseguiu avistar a Constelação de Órion. Aí ele avistou a Real, e depois a Sirius. Essas três... Era tudo o que ele precisava... e a Apolo 12 estava de volta em sua rota. Essas estrelas trouxeram a espaçonave de volta ao curso em perfeito alinhamento. A Apolo 12 prosseguiu até a lua, depois disso. Graças a Deus, eles voltaram a salvo para a Terra.

    Nós também estamos em uma espaçonave hoje. Nós a chamamos de planeta Terra. Estamos viajando pelo espaço a 108 mil quilômetros por hora, com o nosso sistema guia totalmente desajustado. Ao seguirmos pelos críticos anos 90, cada alarme em nossa cápsula tem disparado. Temos sido bombardeados com problemas aparentemente insolúveis. A economia mundial, antes confiável, está ruindo. A instabilidade política balança a Europa, o Oriente Médio e a África. Na América, o crime espreita nas ruas. A epidemia da AIDS está acelerando, e é um símbolo da crise moral de nossa sociedade. Quer gostemos ou não, estamos todos presos em um planeta aparentemente fora de controle, mudando radicalmente seus valores e seus objetivos.

    Estamos fora do curso. Precisamos avistar algumas estrelas. Estrelas na noite, eu diria. Precisamos delas neste mundo de trevas. Precisamos delas para nos conduzir a um futuro seguro e brilhante. Para reencontrarmos o nosso rumo, precisamos voltar ao princípio... voltar à criação, voltar ao Criador.

    Como podemos esperar que uma mão nos guie no futuro, se não crermos que essa mesma mão nos colocou aqui no passado? Deixe-me falar sobre o senhor Packer, um homem que conheci em Sydney, Austrália. Ele era dono da maior emissora de TV daquela grande cidade, além de possuir vários jornais. Ele também tinha um iate que disputava a Copa da América. Talvez você já tenha ouvido falar dele. O senhor Packer, por muito tempo, teve uma grande reputação como playboy. Muitos pensavam que ele não tinha nenhum pensamento sério na cabeça. Aí, por alguma razão, ele passou a gostar do programa. De fato, em uma de minhas visitas lá, ele colocou as câmeras num parque. Cinco mil pessoas compareceram ali e ele transmitiu o programa para toda a nação, sem nos custar nada. Aí ele teve uma outra idéia, ele disse:

    – Quero que compareça em nosso Show da Noite.

    – Ao show da noite? Por que não? Gosto de aproveitar todas as oportunidades para divulgar as boas novas de nosso amantíssimo Deus.

    Eu sabia que o  apresentador do show, que era judeu, teria algumas perguntas sobre a validade do cristianismo. Mas no palco estava também um antigo apresentador do show, um homem hostil com todas as religiões.

    Quando me sentei para ser entrevistado, os dois começaram sua própria discussão sobre questões espirituais. De fato foi uma discussão e tanto. Quando o apresentador afirmou sua crença no velho testamento, (ele era judeu) o outro retrucou:

    – E quanto ao dilúvio? Você não acredita nisso, acredita? Você não acredita na criação, acredita?

    Os dois estavam a ponto de se atracar. Finalmente, eu ri bem alto e disse:

    – Cavalheiros, estou aqui para ser entrevistado por vocês, mas vocês estão entrevistando um ao outro. Bem, permitam que eu diga duas frases.

    E é claro, eles também riram. Eis o que eu disse a eles e ao público naquela noite na Austrália: "Se nossas idéias sobre as origens forem confusas e distorcidas, nossas idéias sobre o nosso destino também serão confusas e distorcidas. Se nossas idéias sobre o princípio deste mundo forem turvas e complicadas, nossas idéias sobre o seu final serão turvas e complicadas também."

    Jesus ligou claramente o futuro com o passado quando discutiu o fim do mundo: "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem, porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem" (Mateus 24:37 a 39).

    "Assim foi e também será",  Jesus disse.  E eis mais uma passagem do Novo Testamento que aumenta as nossas convicções a respeito da importância do nosso passado: "Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Eles voluntariamente ignoram isto: que pela Palavra de Deus já desde a antiguidade existiram os céus, e a terra, que foi tirada da água e no meio da água subsiste. Pelas quais coisas pereceu o mundo de então, coberto com águas do dilúvio. Mas os céus e a terra que agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios" (II Pedro 3:3 a 7).

    Dois autênticos marcos do nosso passado são apresentados aqui: a criação e o dilúvio. Dois pontos de referência totalmente confiáveis numa noite escura; duas estrelas, num universo de trevas, as quais temos que avistar. Jesus colocou a autoridade da Sua missão, a certeza da Sua volta, na realidade destes dois  pontos.

    Não, amigo. Não precisamos ficar confusos. Não precisamos perder a nossa identidade. Não precisamos procurar uma mensagem mais relevante do que a Palavra de Deus.

    Recentemente chegou uma carta em minha mesa que eu gostaria de compartilhar com você: 'Caro pastor, obrigado por trazer a público em seu programa o livro do  “O Pequeno Mistério da Criação". Ele foi o ponto decisivo na minha experiência cristã. Agora sou um cristão batizado, apoiado firmemente no relato bíblico da criação, aos 26 anos." A carta continua: "Meu avô havia sido um ateu, meu pai foi um ateu. Minha mãe também. Meus irmãos ateus. E eu era ateu. Minha família era de humanistas amorosos e educados, mas totalmente sem Deus. Aprendemos a ser corteses e a respeitarmos os outros como cidadãos gentis e cumpridores da lei. Aprendemos também que a Bíblia era um conto de fadas inventada pelos homens que temiam morrer. Não recebemos nenhum tipo de instrução bíblica. Portanto, lá estava eu, com um curso superior, solteiro e saudável. Ganhei mais dinheiro do que podia gastar. Eu tinha um relacionamento com uma mulher maravilhosa. Eu não tinha qualquer preocupação no mundo... A não ser uma coisa: Eu sabia que um dia eu ia morrer. E que a morte é para sempre. Com lágrimas no travesseiro eu olhava para a eternidade e nada via além do vazio."

    De algum modo Deus guiou aquele jovem a assistir o nosso programa. No meio da sua confusão ele finalmente encontrou a Jesus, o qual é agora a estrela guia da sua vida.

    Ele trabalhava como cientista nuclear para o governo, ocupando um dos mais altos cargos de confiança. Mas ele não tinha nenhuma estrela na noite para iluminar a escuridão de sua incredulidade. De algum modo Deus achou seu caminho até a mente e o coração do doutor Gentry. E agora ele deu uma enorme contribuição para a credibilidade da criação na comunidade científica ao desafiar a teoria da evolução.

    O pai da teoria da evolução é Charles Darwin, todos sabem disso. O que talvez muitos não saibam é que ele não era nem de longe dogmático sobre a evolução. Darwin era na verdade um homem bem modesto que não fazia muitos pronunciamentos contundentes sobre a sua pesquisa. Talvez você tenha lido seu livro Origem das Espécies, a bíblia dos evolucionistas. Você observou quantas vezes ele usa as palavras "provável" e "talvez"? Ele termina as suas pesquisas dizendo: "Estou bem ciente de que raramente surge um simples ponto neste livro em que os fatos não possam ser analisados. E, com freqüência, eles nos levam a conclusões diretamente opostas às que tenho chegado".

    Eu respeito Darwin por ser honesto, mas você pode imaginar! Aqui está o pai da evolução admitindo que você pode examinar as suas pesquisas e chegar a conclusões opostas! Acredite ou não, Darwin tinha certeza da existência de Deus... ou pelo menos de algum tipo de deidade. A última palavra dos pesquisadores biográficos é que Darwin era teísta, ou seja, ele cria que existe um ser divino por trás do cosmo. Ele disse: "Chame esse ser divino de criador se você quiser, deve ter existido uma primeira causa".

    Os evolucionistas em geral talvez se surpreendam em saber que Darwin disse realmente isso.

    Eis uma outra coisa que talvez lhe interesse. Em 1867, Darwin fez uma viagem de volta às Ilhas dos Mares do Sul, onde 34 anos antes ele havia estudado uma população nativa. Naquela ocasião ele se convenceu de que havia descoberto a humanidade em seu estado mais primitivo entre os canibais. Tratava-se do estágio mais baixo da humanidade que se enquadrava em sua teoria da evolução. Mas nessa última viagem ele ficou surpreso... Nas mesmas ilhas antes ocupadas por tribos da Idade da Pedra em guerra... havia lares estáveis, escolas e igrejas. Darwin perguntou como aquela sociedade havia sido transformada. Ficou sabendo que um missionário chamado John Peyton tinha chegado às ilhas e começado a ensinar ao povo sobre Jesus Cristo e Seu poder salvador. Bem, Darwin ficou tão comovido com as mudanças que presenciou, que deu uma generosa contribuição para a sociedade missionária em Londres.

    Uma informação muito interessante, você não acha? Somente Deus pode ser o juiz de Charles Darwin. O que podemos saber com certeza é que Darwin não era um ateu e que ele tinha muitas dúvidas sobre a sua própria teoria da evolução.

    É pena que milhões dos que hoje crêem na evolução não tenham qualquer esperança para o futuro, porque não tem nenhum conceito do passado... da nossa história passada em que Deus criou filhos e filhas. O Senhor sabia que a raça humana tenderia a esquecer-se Dele como o nosso Criador

    Não, nós não descendemos de uma mistura química... somos os filhos preciosos de Deus. Você pode visualizar em sua imaginação o lindo Jardim do Éden. O Criador acaba de coroar a sua obra apresentando-se aos nossos primeiros pais. Enquanto Adão e Eva olham extasiados para seu glorioso lar-jardim, Deus lhes ordena o seguinte: "Frutificai e multiplicai-vos", Ele diz, "enchei a terra, e sujeitai-a." Ele sabia que eles poderiam se tornar tão envolvidos com seu trabalho e um com o outro que poderiam se esquecer Dele.

    O grande propósito de nossa vida é preencher nosso lugar no coração de Deus. Graças a Deus nós não evoluímos pura e simplesmente de algum acidente cósmico. Ele nos criou para sermos seus filhos preciosos. Somos realeza, sabia? Jesus revigora o nosso senso de auto-estima!  No mundo inteiro  atualmente, há dúvida no ar. Mas também há pássaros, que voam sobre nós melhor equipados para a navegação do que os mais modernos caças da força aérea, capazes de atravessar mares não mapeados com seus instrumentos naturais. A controvérsia gira ao nosso redor. Mas os morcegos também, os quais operam sem esforço seu radar ultra-sônico, nos fazendo lembrar que nem a tecnologia, nem a sabedoria são exclusivas da mente humana. O ceticismo rodeia a Terra. Mas as estrelas também, girando velozmente em suas órbitas precisas, mantendo seus itinerários com uma precisão que nos embevece. Ninguém pode escapar da grande harmonia quando toda a natureza se une num inconfundível coral: "existe um Criador!"

    Mas aquele que fez este mundo também deixou suas criaturas o pregarem numa rude e dilacerante cruz nos arredores de Jerusalém, para que os pecadores perdidos pudessem encontrar nEle a vida eterna. E mesmo a evidência dos pássaros e morcegos, dos sóis e das velozes constelações, por mais convincentes que sejam, se apequenam diante do poderoso argumento da cruz!

    Talvez você conheça a história do ateu que salvou um menino órfão, de um prédio em  chamas. Tendo perdido a própria esposa e filho, ele quis adotar o menino. Os vizinhos cristãos eram céticos quanto á prudência em se colocar um menino no lar de um ateu. Mas o candidato conseguiu a adoção quando ergueu a mão, bastante queimada por salvar o menino, e disse:

    – Eu tenho apenas um argumento, este aqui.

    Ele provou ser um bom pai, e o pequeno Jorge jamais se cansava de ouvir como o papai havia lhe salvado do fogo. E o que mais gostava era de ouvir sobre a mão com as cicatrizes.

    Um dia ele foi com o pai visitar uma exposição de arte. Uma pintura o interessou em especial. Aquela de Jesus reprovando Tomé por sua incredulidade e erguendo a sua mão com a cicatriz:

    – Me conte a história desse quadro, papai, – o garotinho suplicou.

    – Não, essa aí não.

    –Por que não?

    – Porque eu não acredito nela.

    – Mas o senhor me conta a história de João e o pé de feijão, mas não acredita nela.

    Aí o pai contou a história. E Jorge disse:

– É igual à de nós dois, papai.

    E ele prosseguiu:

    – Não foi bonito Tomé não acreditar depois do bom Homem ter morrido por ele. E se eles tivessem me contado como o senhor me salvou do incêndio, e eu tivesse dito que não acreditava que tivesse feito isso?

    O pai não pôde deixar de pensar no raciocínio certo do menino. Ele havia usado as suas próprias cicatrizes na mão para conquistar o coração do menino. Poderia ele continuar resistindo à mão marcada do homem que tinha morrido por ele... e que ele dizia não acreditar?

    O mais poderoso de todos os argumentos é a cruz do calvário. As chagas nas mãos de Jesus. Mãos que foram feridas em seu encontro com as forças do mal, para que você e eu pudéssemos viver!

    Ó meu amigo, eu lhe peço para olhar para Jesus. Aquela maravilhosa estrela salvadora na noite. O que podemos fazer além de cair em seus pés e dizer como Tomé: "Meu Senhor e meu Deus!"

SOMENTE DEUS

Deus, somente Deus,

é o criador do mundo ao redor.

Sua glória e seu poder,

a todos guiará.

Sim, Deus, somente Deus!

Deus, somente Deus,

nós dá Sua luz na escuridão;

e o plano eterno que traçou

nenhum homem mudará

de Deus, somente Deus.

Deus, somente Deus!

Digno é do trono universal.

Que toda a criação O adore sem cessar.

A Deus, somente Deus.

Deus, somente Deus,

será o louvor que haverá no céu.

Nosso coração ali jamais se cansará

de Deus, somente Deus!

Deus, somente Deus,

digno é do trono universal.

Que toda a criação O adore sem cessar.

A Deus somente.

Que toda a criação O adore sem cessar.

A Deus, somente a Deus.

Pai, na escuridão e na confusão de nosso mundo, obrigado pela luz da Tua Palavra. Eu te agradeço por Jesus Cristo, meu Criador, a brilhante estrela da manhã sobre todas as estrelas. Mantenha-me fiel até aquele dia alegre e glorioso quando Jesus voltará e me levará para o Céu, para viver Contigo por toda a eternidade. Em nome de Jesus, amém.

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