O grande avivalista Edwin Orr, certa feita, pregava à uma grande multidão. Para espanto dos presentes, chamou um pastor imersionista e outro aspersionista e perguntou: Qual de vocês usa mais água no batismo?
Antes que o constrangimento se instalasse, ele disse: Não importa a quantidade de água. A água só lava o exterior. É preciso receber o batismo com fogo, porque o fogo queima e purifica o interior. Terminada essas palavras, ele voltou-se para a multidão e disse, vocês precisam ser batizados com fogo.
2.Deus sempre se revelou através do fogo. Ele selou sua aliança com Abraão no meio do fogo. Ele revelou-se a Moisés através do fogo. Ele conduziu o povo pelo deserto por uma coluna de fogo. O fogo do altar não podia apagar-se. Quando Moisés consagrou o templo, o Senhor respondeu com fogo. Elias foi levado para o céu numa carruagem de fogo. Deus é como uma coluna de fogo ao redor do seu povo. Deus é fogo. O trono é fogo. Sua Palavra é fogo. Ele faz dos seus ministros labaredas de fogo. Jesus batiza com fogo. O Espírito Santo desceu sobre a igreja em labaredas como de fogo. Nós precisamos desse batismo de fogo.
3.Jesus falou-nos de vida abundante. Deus promete-nos a suprema grandeza do seu poder. A Bíblia fala de sermos tomados de toda a plenitude de Deus. Não basta falar de poder. Precisamos ser possuídos por esse poder. O Reino de Deus consiste não de palavras, mas de poder. O Espírito que recebemos é espírito de poder.
4.Quais são as implicações do batismo com fogo?
I. O FOGO ILUMINA
1.Aquele é batizado com fogo anda na luz – Jo 8:12
Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da vida”. Viver em trevas é longe de Jesus. Aquele que vive longe de Jesus é como Pedro na noite de traição, envolve-se nas trevas, caminha nas trevas, segue a Jesus de longe e nega a Jesus.
Quem é batizado com fogo não vive se escondendo atrás de máscaras; ao contrário, vive vida limpa, pura, santa.
2.Aquele que é batizado com fogo tem comunhão com Deus – 1 Jo 1:6
Aquele que é batizado com fogo tem prazer em Deus, deleita-se em Deus e anda face a face com Deus. Não tem mais prazer no pecado. Abomina o pecado e não apenas suas consequências. Quem é batizado com fogo tem fome de Deus, tem sede Deus, tem saudade de Deus, tem pressa para estar a sós com Deus.
É impossível ter comunhão com Deus e andar nas trevas. É impossível andar com Deus e andar em pecado ao mesmo tempo. Quem acaricia o pecado não tem intimidade com Deus.
Enquanto abrigarmos práticas pecaminosas em nossa vida, desejos lascivos no coração e alimentarmos nossos olhos com a cobiça não poderemos ser batizados com fogo.
3.Aquele que é batizado com fogo tem comunhão com os irmãos – 1 Jo 1:7
Onde há relacionamentos quebrados, mágoas, ressentimentos, falta de perdão não pode haver avivamento. Onde há divisões, brigas, contendas, ciúmes, discórdias não há revestimento de poder. Onde o ressentimento queima, as chamas do Espírito se apagam.
Ilustração: Minha experiência na IPB de Ermelino Matarazzo e as duas líderes que se perdoaram.
Em Kwa Sizabantu, os crentes saíram do culto para acertarem suas vidas uns com os outros. Três meses depois, veio sobre eles, um poderoso avivamento.
A experiência de Jonathan Gofforth em Xangai, ao ler o livro de Finney. Ao perdoar o seu ofensor, o Espírito foi derramado e ele foi revestido com o poder do Espírito
II. O FOGO PURIFICA
Muitas vezes choramos e gememos em oração, pedindo: “Senhor, batiza-nos com fogo. Enche-nos do teu Espírito”, mas nada acontece. Os céus continuam fechados. É que a nossa vida ainda está entupida de pecado. Não podemos ser cheios do Espírito, se já estamos cheios de pecado. Exemplo: somos como os poços de Isaque. Tem água, água boa. Mas ela não jorra por causa do entulho dos filisteus.
A igreja precisa de purificação. Jesus disse que quem nele crer não vai ter mais sede. Mas há muitos crentes com sede de pecar. Jesus disse que quem nele cresse rios de águas vivas iriam fluir. Mas, esses rios estão sendo estacandos pelo entulho do pecado.
A cidade de Campo Verde sem água. Um rato morto ficou encalhado no cano que levava a água para a caixa da cidadezinha. Se existirem ratos mortos em nossa vida, essas torrentes de Deus não vão passar.
Precisamos do batismo de fogo para purificar nossa língua, nossa mente, nossos pensamentos, nossos desejos, nossos sentimentos. Precisamos como os filhos de Jacó, limpar nossas mãos e tirar de nós as vestes sujas.
ÀS vezes estamos como Naamã: somos heróis lá fora, mas na intimidade somos cheios de lepra. Perdemos a batalha na nossa vida íntima. Agasalhamos pecados na privacidade. É preciso tirar a máscara, a armadura. É preciso buscar vida limpa, chorar pelo pecado, clamar como Davi: “Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração…”. Precisamos clamar como Josué: “Santificai-vos porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós”.
III. O FOGO AQUECE
Hoje há um exército de crentes frios, apáticos, sem entusiasmo, sem calor. Empolgam-se com futebol, com política, com cinema, com negócios, com dinheiro, mas não com Jesus. São crentes, mas mentem. São crentes, mas são impuros. São crentes, mas são desonestos. São crentes, mas são amigos do mundo. São crentes, mas não batizados com fogo.
1.Falta fervor na igreja. Fervor na oração, fervor da adoração, fervor da evangelização. Os crentes estão como Geazi, carregam o bordão profético, mas estão frios, sem calor. Os mortos não ressuscitam por meio deles. Eliseu não apenas carrega o bordão, ele tinha poder: Ele levou o menino para o seu quarto. Ele se envolveu. Ele se identificou. Ele agonizou. O menino levantou vivo!
2.A Palavra de Deus precisa ser verdade em nossa boca como era na boca de Elias. Hoje não temos equilibrio entre ortodoxia e ortopraxia. Uns são ortodoxos, mas não têm poder. Outros querem o poder, mas não são ortodoxos. Muitos têm medo de irem além, mas não de ficarem aquém das Escrituras.
3.Não há limitação em Deus. Enquanto tiver vazilhas vazias o azeite não pára de jorrar. O clube santo na Inglaterra, aquecido pelo fogo do Espírito começou a orar. João Wesley foi incendiado. George Withefield tornou-se uma tocha viva.
4.Wesley dizia: Ponha fogo no seu sermão ou ponha o seu sermão no fogo.
5.Moody e as mulheres metodistas. Sua experiência na Wall Street.
6.A experiência de Evan Roberts no País de Gales.
V. O FOGO SE ALASTRA
1.O fogo ou propaga ou apaga. Muitos crentes fazem ACERO para que o fogo do Espírito não chegue à sua vida.
2.Quando você se torna um graveto seco a pegar fogo, até lenha verde começa a arder. O que espalha as chamas do fogo é o vento. O vento e o fogo são símbolos do Espírito. O vento e fogo se uniram no Pentecoste. Aquele fogo se alastou de maneira poderosa. Um crente incendiado incendia outros. Não somos chamados a ser uma geladeira a conservar nosso religiosismo, mas uma fogueira a espalhar o fogo de Deus.
3.Perguntaram a Moody: Como começar um avivamento? Acenda uma fogueira no púlpito, ele respondeu.
4.Os Morávios foram incendiados por Deus e começaram uma reunião de oração que durou cem anos. Eles enviaram mais missionários para o mundo em 25 anos do que toda a igreja tinha feito até então.
5.Avivamento não emocionalismo. Não é fuga. Não é novidade. Não é desvio. Avivamento é volta para Deus. É santidade. É oração fervorosa. É amor à Palavra. É evangelização regada por lágrimas. É fogo do céu. Quando o fogo de Deus cai sobre o altar, os pecadores caem de joelho. Quando a igreja perde o fogo de Deus, os pecadores perecem no fogo do inferno.
6.A igreja na Koréia: nasceu no berço do avivamento e não se desviou até hoje. São 10 milhões de presbiterianos. Simonton clamou em seu diário: Senhor batiza-me com fogo!
7.A experiência do Antonio Carlos. O fogo está se alastrando.
8.O avivamento do País de Gales, de Kwa Sizabantu.
CONCLUSÃO
A igreja que pegou fogo. E o ateu disse: “… mas também é a primeira vez que essa igreja pega fogo”.
Você quer hoje esse batismo com fogo?